FÁBIO ASSUNÇÃO SERÁ PAI DE UMA QUÍMICO DEPENDENTE EM NOVA SÉRIE DA GLOBO – ONDE ESTÁ MEU CORAÇÃO
Onde Está meu Coração é uma nova série da Globoplay na qual Fábio Assunção vai interpretar o pai de uma usuária de crack. Ele será um médico, bem de vida, que terá de lidar com a situação de sua filha, interpretada por Letícia Colin, que também médica usa drogas e esconde isso das pessoas com quem convive. Em uma das cenas, ela vai para uma salinha do hospital fumar crack. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator falou sobre como lhe é particularmente importante interpretar esse papel:
“É uma série que discute a família. Um dos grandes problemas da dependência é as pessoas terem vergonha de falar sobre ela, porque dificulta o processo de reequilíbrio”
Na entrevista sobre o seriado Onde está meu Coração, o ator fala sobre o vício e a hipocrisia que envolve a questão das drogas na sociedade:
“Qual é a dificuldade de entender que o vício faz parte dos buracos que a gente tem na alma? O vício não é uma questão de caráter, ou de escolha. Não é você aceitar uma propina. É impulsão, compulsividade. Não tem a ver com classe social. Não está ligado a pretos e pobres, de comunidades, que são absolutamente estigmatizados. A ilegalidade da droga é colocada como uma forma de você segregar toda uma população que é excluída do nosso sistema branco de consumo. A série vai trazer estas questões à tona. É uma hipocrisia a sociedade não falar sobre esse tema, uma vez que é uma sociedade que se medica o tempo todo, com produtos lícitos ou ilícitos.”
Ele também falou sobre uma questão bastante discutida, a da internação compulsória:
“A quem interessa a ilegalidade das drogas? A quem interessa a internação compulsória? A muitos setores, menos ao usuário, ao dependente. Porque se fosse uma coisa conversada, aberta e exposta, uma questão de saúde — como realmente é — essa tensão seria diluída. Mas muitas instituições ganham com o fato de ser ilegal.”
Onde está meu coração: Sobre a questão de buscar ajuda, o ator falou da dificuldade de se tratar sem direito ao anonimato.
“Vim até um AA na Barra, escondido, sem falar com ninguém. Quando saí, tinha um paparazzo, ele fez uma foto minha, e saiu uma nota na imprensa: ‘Fabio Assunção foi no AA’. Não tive direito a um tratamento anônimo”.
“Desde o primeiro passo que dei, já foi divulgado. E aí começa uma bola de neve, você entra num ciclo de estigma. Foi muito difícil não poder ter feito isso em silêncio”
Na entrevista, Assunção conta que abandonou o vício em cocaína há cerca de cinco anos:
“Quando esse processo cessou, há quatro, cinco anos, achei que o álcool, aceito socialmente, poderia ser um caminho secundário, alternativo, para poder lidar com algumas coisas sem as consequências de uma droga pesada.”
“Hoje tenho uma vida absolutamente normal. Posso tomar uma taça de vinho? Posso. Dois copos de cerveja? Posso. Mas, se beber mais do que isso, vai me fazer mal. E sinto que preciso falar com as pessoas sobre isso. Porque sei o quanto o silêncio dificulta enormemente o processo de evolução de qualquer pessoa, o quanto o silêncio afunda mais as pessoas nos seus medos e depressões”
O primeiro capítulo de Onde Está Meu Coração estreia na Tela Quente de 3 de maio.
Já na madrugada de 4, a série inteira – dez capítulos – estará disponível no Globoplay. Um ano inteiro de espera – Luisa não teve momentos de ansiedade, revendo o trabalho, querendo mudar alguma coisa?
“É normal, acontece com todo mundo, faz parte do jogo.”
Embora o clique original tenha sido aquele garoto desgarrado, no Rio, o roteiro tomou outro rumo. Uma médica, Amanda. Exige muito de si mesma, gosta de experimentar coisas novas com o marido. Ele mantém o controle sobre si mesmo, ela se torna dependente. E tudo se passa em São Paulo. “Estudei aí, e achava que seria a locação perfeita para a nossa história”, diz Moura, falando do Rio. A selva de concreto.
E Fábio Assunção completa:
“Sempre busco uma profundidade nas almas das personagens que faço, entender quem são essas figuras. E, quando fui convidado, vi essa possibilidade. É uma série que discute a família. A dependência na família tem que ser debatida abertamente”, refletiu.
“Um dos grandes problemas da dependência é as pessoas terem vergonha de falar sobre ela, porque dificulta o processo de reequilíbrio. Além disso, tem 29 anos que faço televisão, o espaço da dramaturgia é um lugar que conheço bem, em que me sinto muito confortável para discutir qualquer tema”, detalhou.
Onde está meu Coração no Vício
“O vício não é uma questão de caráter, ou de escolha. Não é você aceitar uma propina. É impulsão, compulsividade. Não tem a ver com classe social. Não está ligado a pretos e pobres, de comunidades, que são absolutamente estigmatizados”, opinou.
A ilegalidade
“A ilegalidade da droga é colocada como uma forma de você segregar toda uma população que é excluída do nosso sistema branco de consumo. A série vai trazer estas questões à tona. É uma hipocrisia a sociedade não falar sobre esse tema, uma vez que é uma sociedade que se medica o tempo todo, com produtos lícitos ou ilícitos”, concluiu Assunção.
Obrigado por ler este artigo!
a fim de,
a menos que,
a princípio,
a saber,
acima de tudo,
ainda assim,
ainda mais, ainda que,
além disso,
antes de mais nada, antes de tudo, antes que, ao mesmo tempo,
ao passo que, ao propósito,
apesar de, às vezes,
assim como, assim que, assim sendo, assim também,
bem como,
com a finalidade de, com efeito, com o fim de, com o intuito de, com o propósito de, com toda a certeza, como resultado, como se, da mesma forma, de acordo com,
de conformidade com, de fato, de maneira idêntica, de tal forma que, de tal sorte que,
depois que,
desde que,
dessa forma, dessa maneira,
desse modo,
do mesmo modo,
é provável,
em conclusão, em contrapartida, em contraste com, em outras palavras, em primeiro lugar, em princípio, em resumo, em seguida, em segundo lugar, em síntese, em suma, em terceiro lugar, em virtude de,
finalmente agora atualmente,
isto é,
já que,
logo após, logo depois, logo que,
mesmo que,
não apenas,
nesse hiato, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse sentido,
no entanto, no momento em que,
ou por outra, ou seja, para que,
pelo contrário, por analogia,
por causa de,
por certo, por conseguinte, por consequência, por exemplo, por fim, por isso, por mais que, por menos que, por outro lado,
posto que,
se acaso, se bem que,
seja como for,
sem dúvida,
só para exemplificar, só para ilustrar, só que,
sob o mesmo ponto de vista,
talvez provavelmente,
tanto quanto,
uma vez que,
visto que